O International Workplace Group (IWG) – que atua no Brasil por meio da Regus e da Spaces – pretende chegar ao fim de 2019 com 100 unidades de escritórios flexíveis, ante as 70 atuais. O plano de expansão inclui a atuação da Regus também por meio de franquias e a vinda de outras três marcas do IWG para o país – Signature By Regus, HQ e Nº 18. Estão previstos investimentos de R$ 100 milhões neste ano, incluindo aportes próprios, dos proprietários dos imóveis e dos franqueados.

Nos dois últimos anos, houve aumento de 50% em relação ao número de metros quadrados oferecidos no país. Em 2017, os recursos investidos somaram R$ 80 milhões, incluindo capital próprio e de donos dos imóveis e, no ano passado, R$ 81 milhões. “Aproveitamos para entrar em prédios em que não tínhamos conseguido antes por causa da ocupação existente”, diz Tiago Alves, presidente do IWG no Brasil.

Os escritórios flexíveis têm atraído não somente pequenos empreendedores, startups e profissionais autônomos, mas também grandes empresas. Para buscar novos clientes, há inovações como carregadores de carro elétrico em algumas unidades Regus, com oferta de duas horas gratuitas para quem contratar o serviço, mas ainda não for usuário dos escritórios. As quatro unidades do Spaces possuem carregadores de carros elétricos.

Até o fim do ano, o grupo pretende ter, no Brasil, pelo menos quatro Signatures by Regus, quatro HQs, uma Nº 18 e quatro Spaces. O total de unidades com a marca Regus dependerá da adesão dos franqueados.

A Regus tem modelo de escritórios flexíveis, que possibilita que empresas contratem áreas privativas pelo tempo que quiserem. Os espaços são locados com toda a infraestrutura de tecnologia da informação e com mobiliário, o que possibilita, segundo Alves, que as empresas destinem a seus próprios negócios recursos que seriam utilizados para essas finalidades.

Para escritórios Regus, o grupo busca andares em prédios corporativos. Em geral, os principais usuários de cada unidade fazem parte da cadeia da empresa que ancora o prédio, como da Johnson & Johnson, na Regus JK Iguatemi. Algumas unidades Regus consideradas mais exclusivas poderão ser convertidas para Signature, marca mais premium, como as do Shopping Cidade Jardim e do JK Iguatemi.

Os escritórios da Spaces ocupam prédios inteiros e proporcionam o formato de coworking, com conceito de espaço colaborativo em que cada pessoa se senta para trabalhar onde encontra disponível e em que há menos privacidade para a realização de reuniões. De acordo com o presidente do IWG no Brasil, os valores cobrados, mensalmente, por pessoa no mercado paulistano para espaços de coworking ficam entre R$ 800 e R$ 1200.

Segundo Alves, a marca HQ tem escritórios compartilhados e coworkings, a custos competitivos. Na marca Nº 18, os escritórios mesclam características do local de trabalho com elementos de design e arquitetura inovadores e de alto padrão, além de tecnologia de ponta.

Conforme o perfil do escritório a ser oferecido, o IWG busca prédios A, B ou C, bem localizados e atendidos por transporte público. Na capital paulista, a atuação se concentra no Centro e na Zona Sul. O grupo tem unidades em 13 cidades do Brasil, que responde por metade das 140 unidades da América Latina. Das 70 unidades em funcionamento no país, 66 são Regus e quatro, Spaces. A cidade de São Paulo tem 35 das unidades em operação. “São Paulo não está saturada para escritórios flexíveis. Em Londres, temos 130 unidades da Regus”, compara o executivo.

O modelo de franqueamento, que permite acelerar a expansão da marca Regus, teve início em dezembro. “Vamos franquear pontos onde não estejamos crescendo de maneira orgânica”, conta o executivo. É o caso de negociação em curso com um potencial franqueado Regus em Belém. Com duração de dez anos, os contratos de franquias interessam, por exemplo, a pequenos competidores, segundo Alves. A Regus está no Brasil há 25 anos.

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Expansão da Regus