Os preços de aluguel dos melhores prédios de escritórios de alto padrão nas regiões da Faria Lima, Juscelino Kubitschek e Vila Olímpia (Zona Sul de São Paulo) continuarão pressionados. Um movimento de alta só está previsto para o mercado paulistano a partir de 2021, aponta a consultoria imobiliária JLL. Ainda em patamar considerado alto, a taxa vacância geral desse mercado em São Paulo fechou o primeiro trimestre em 23,1% – recuo de 0,2 ponto percentual ante trimestre anterior.

No período, o preço médio mensal pedido por metro quadrado foi de R$ 90 – 8,4% acima do valor médio de R$ 83 do trimestre anterior. “A tendência é que a alta nos preços dos escritórios dos bons edifícios continue”, afirma o presidente da JLL, Fábio Maceira. Por outro lado, diz ele, proprietários de prédios de algumas regiões da zona Sul, como a da Chucri Zaidan, ainda estão buscando atrair inquilinos.

No primeiro trimestre, houve absorção bruta de 136 mil metros quadrados e devoluções de 128 mil metros quadrados, segundo a JLL. Com isso, a absorção líquida foi de apenas 8 mil metros quadrados. O levantamento realizado pela consultoria apontou que, do total devolvido, 19% foi absorvido e 12% continua vago, mas foi negociado. As futuras ocupações previstas somam 140 mil metros quadrados, acima da absorção bruta do primeiro trimestre.

Tem havido demanda, principalmente, por parte de empresas de saúde, tecnologia e fintechs (empresas de tecnologia do setor financeiro). O chamado “flight-to-quality” (migração de inquilinos para espaços de mais qualidade) continuou a dar o tom das contratações de escritórios. Para Maceira, embora a demanda tenha crescido nos últimos dois anos, investimentos mais expressivos em novos projetos dependem de maior clareza do cenário macroeconômico.

Para os próximos dois anos, está prevista a entrada no mercado paulistano de escritórios de alto padrão somente do Birmann 32 (incorporadora pela FLPP – Faria Lima Prime Properties, na avenida Faria Lima) e das torres corporativas desenvolvidas pela Hemisfério Sul Investimentos (HSI) no empreendimento Parque da Cidade, na zona Sul de São Paulo.

Em condomínios industriais e logísticos, as entregas somaram 97 mil metros quadrados no trimestre, e o estoque total chegou a 18,8 milhões de metros quadrados. A taxa de vacância caiu 3,53 pontos percentuais na comparação anual. A vacância projetada para o fim de 2019 é de 19,3%. A absorção ficou em 248 mil metros quadrados, e o preço médio mensal pedido por metro quadrado foi de R$ 18,34.

No Estado de São Paulo, a vacância ficou em 21,81%, e o valor pedido por metro quadrado