Fomos contratados para realizar o primeiro projeto de Coworking em 2018, aproveitando uma tendência no mercado brasileiro, que repete a situação internacional de fragmentação e orientado a Coworking especializado por segmento profissional, ou comunidade.

O time da 360 foi desafiado a realizar um “site selection” na região da Paulista, para um Coworking orientado a um segmento específico profissional.

O local deveria ter uma imagem corporativa sólida, ser muito bem localizado em termos de transporte público e serviços como restaurantes, cartórios, bancos, etc.

O valor da locação, condomínio e IPTU deveriam “fechar” o business case do Coworking e da realidade de mercado, no custo por posição.

O aproveitamento do conjunto comercial, deveria ser o maior possível, portanto edifícios muito recortados, ou mesmo com colunas no meio seriam muito complicados de suportar o programa de salas e ambientes projetados.

O condomínio deveria “aprovar” a implantação de um Coworking, portanto a dinâmica do edifício seria alterada, em termos de volume de pessoas utilizando elevadores e áreas comuns, e o mais importante, deveria trazer valor aos ocupantes do condomínio, em termos de disponibilidade de salas de reuniões e ambientes para abrigar equipes em transição, ou seja o coworking deveria ser desejado e ter no condomínio clientes que usariam os seus serviços. Resumindo o projeto iria captar clientes internos e externos ao condomínio.

Em relação a estrutura do edifício, deveria suportar o volume de pessoas (número de elevadores), ter continuidade (gerador para áreas privativas e comuns), piso elevado (neste item, embora o edifício escolhido não tivesse uma estrutura para piso elevado, conseguimos uma solução técnica) e ambiente.

Iniciamos com uma busca em nossos sistemas de informação pela geometria correta, área e estrutura dos prédios, que eliminou vários candidatos, limitando a uma lista pequena. Com esta lista, iniciamos um processo de consulta aos condomínios, para avaliar aqueles que teriam uma maior aderência ao projeto, não adianta tentar realizar um projeto destes em um condomínio contrário ao estabelecimento do coworking, além da resistência interna, não teríamos a oportunidade de gerar demanda interna, um dos requisitos de nosso cliente.

Quando chegamos a negociação com os proprietários, estes já haviam recebido informações positivas em relação ao projeto, o que ajudou e muito nas negociações, por se tratar de um contrato com especificidades jurídicas diferentes de uma locação tradicional.